A minha maior paixão no mundo das artes é o Art Nouveau (Arte Nova).
Ele foi um movimento que surgiu na Europa, entre 1890 e 1910. Essencialmente decorativo voltado ao design e à arquitetura. Começou a surgir com nomes como John Ruskin (1819 – 1900), um dos mais influentes críticos de arte da Inglaterra, e William Morris (1834 – 1896), pintor (de papéis de parede, tecidos padronizados e livros), escritor de poesia e ficção e um dos fundadores do movimento socialista na Inglaterra, pela defesa da arte feita pelos artesãos medievais e contra os padrões arquitetônicos que dominantes durante a Segunda Revolução Industrial.
O movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado por William Morris, está nas origens do Art Nouveau ao atenuar as fronteiras entre belas-artes e artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e pela recuperação do ideal de produção coletiva, segundo o modelo das guildas medievais. Como a negação da demanda industrial era impossível, a síntese entre a arte e a indústria foi a maior conquista da Art Nouveau.
A maior preocupação era a originalidade da forma, a exploração de novos materiais, como o ferro e o vidro (principais elementos dos edifícios que passaram a ser construídos segundo a nova estética), e os avanços tecnológicos na área gráfica, como a técnica da litografia colorida, que teve grande influência nos cartazes. A fonte de inspiração dos artistas era a natureza, as linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. O movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos, ditando os contornos das formas e o sentido da construção. O simbolismo era uma linguagem muito usada nas obras de muitos dos representantes do Art Nouveau.
Diferente de outros movimentos de vanguarda do início do século 20, que se iniciaram na pintura, o art nouveau não foi dominado pelas artes plásticas. Mesmo os pintores mais estreitamente relacionados com o estilo, Toulouse-Lautrec (1864 – 1901), pintor pós-impressionista e litógrafo francês, Pierre Bonnard (1867 – 1947), pintor francês, e Gustav Klimt (1862 – 1918), pintor simbolista austríaco, por exemplo, criaram cartazes e objetos de decoração.
Na litografia o destaque é Alfons Maria Mucha (1860 – 1939), ele foi um ilustrador e designer gráfico checo. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os cartazes para os espetáculos de Sarah Bernhardt realizados na França.
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